Sinopse:
A Libélula no Âmbar - Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII.
O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre? (Fonte: Skoob)
Comentários:
A Libélula no Âmbar, segundo volume da série Outlander, só confirmou meu amor por essa série, a cada página lida os personagens, a trama e o rumo que os eventos tomavam me encantavam e me prenderam até o derradeiro fim, que partiu meu coração e fez com que eu desejasse ardentemente o próximo livro.
Antes de tudo quero deixar registrado aqui a admiração crescente que estou sentindo por Diana Gabaldon, não apenas pela história que ela criou, mas por seu estilo de narrativa, ela te entrega logo no começo um fato que te surpreende e te espanta, totalmente fora do fim do livro anterior, depois ela remota a linha dos acontecimentos e enquanto você está acompanhando a história a informação que ela te entregou no início ainda permanece em seus pensamentos, porém quando realmente acontece você fica surpreso e quando tudo parece finalmente seguir seu rumo ela ainda tem guarda uma surpresa para o leitor. Uma narrativa corajosa e fluída, com uma história completa e embasa de fundo.
“— Ah, Claire, meu coração dói de tanto amar você.” p. 103
A primeira informação que o livro apresenta é uma Claire de volta ao século XX, com sua filha Brianna já próxima dos 20 anos e a missão de contar a garota quem foi seu pai, isso não é um spoiler, mas sim os primeiros capítulos, e imagina a surpresa que isso gerou logo após o final do primeiro livro. Com esse rumo a autora nos apresenta Brianna, filha de Claire e Jaime, e Robert, filho adotivo do pastor que foi apresentado no primeiro livro, a quem ela recorre para ajudar nas pesquisas históricas sobre o que aconteceu na batalha de Culloden.
Logo após esse começo marcante a autora retoma a linha do tempo do primeiro livro e conta como foi a luta de Claire e Jaime para tentar impedir a batalha de Culloden, e assim como anteriormente o livro é regado a momentos tenso, ação, drama e romance. Um dos toques especiais da narrativa é a interação dos personagens fictícios com figuras reais, com isso a autora conseguiu introduzir a parte histórica dos acontecimentos sem tornar a narrativa maçante.
Devido a complicação da trama e o maior espaço de tempo em que se dá a narrativa, a história é um pouco mais lenta, porém nenhum detalhe é um desperdício, Diana Gabaldon amarra todos os fatos e dá uma função a cada personagem que criado. No começo a leitura é evolvida em um clima de espionagem e tramas, depois em ansiedade de batalhas e ação das lutas, com um fim que me tirou o fôlego.
“—Você não precisa me entender, Sassenach — disse ele serenamente. —Desde que me ame. — Inclinou a cabeça para a frente e beijou minhas mãos unidas com ternura. — E me alimente — acrescentou ele, soltando-as.” p. 620
O desenvolvimento dos personagens é notável, agora Claire e Jaime começam a se entrosar mais como um casal, e a união deles fica mais forte. Além disso, ambos os personagens evoluem e mudam conforme o decorrer da trama. Jaime perde aos poucos a ar e juventude e adquire mais responsabilidade enquanto Claire se entrosa mais ao seu novo ambiente e época em que se encontra tendo que ser forte para superar alguns acontecimentos. Por ter uma grande quantidade de personagens secundários não há um grande aprofundamento sobre eles, porém alguns ganham um foco maior, como Fergus, Jenny e Ian.
É muito difícil que eu goste de um casal como personagem principal, mas Claire e Jaime me ganharam, sendo personagens fortes, complexos e ainda humanos, tendo cada um suas falhas e defeitos. Acima de apenas uma história de amor também vai tratar seus personagens como seres individuais, caracterizando-os e fortalecendo-os.
“— Eu sei — disse ele serenamente. — Eu realmente sei, querida. Deixe que eu lhe diga em seu sono o quanto eu a amo. Porque as palavras que lhe digo quando está acordada são sempre as mesmas, não são suficientes. Enquanto você dormir em meus braços, posso dizer-lhe coisas que soariam tolas e loucas, e seus sonhos entenderão a verdade delas. Volte a dormir, mo duinne.” p. 854
A Libélula no Âmbar traz uma trama mais complexa que o livro anterior, com cenários diferentes, como a corte de Paris, tendo também acontecimentos marcantes, momentos tensos e dramáticos balanceados como cenas de alegria e romance. Uma história muito bem desenvolvida por Diana Gabaldon que constrói com alicerces sólidos uma trama que ainda tem muito a oferecer.
Série Outlander:
A libélula no âmbar - Livro II
O resgate no mar (partes 1 e 2) - Livro III
Os tambores de outono (partes 1 e 2) - Livro IV
A cruz de fogo (partes 1 e 2) - Livro V
Um sopro de neve e cinzas (partes 1 e 2) - Livro VI
An echo in the bone
Título Original: Dragonfly in AmberAutor: Diana GabaldonEditora: Saída de EmergênciaAno: 2014Número de páginas: 944Avaliação: 5/5
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