Livro: Orgulho e Preconceito
Titulo Original: Pride and Prejudice
Autor: Jane Austen
Editora: Nova Fronteira (Saraiva de bolso)
Ano: 2011 (ano da edição)
Avaliação: 4/5
Sinopse:
Na Inglaterra do final do século XVIII, as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote. Elizabeth Bennet, de vinte anos, uma das cinco filhas de um espirituoso, mas imprudente senhor, no entanto, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal da província. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, protofeminista. Neste livro, Jane Austen faz também uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína — recompensada, ao final, com uma felicidade que não lhe parecia possível na classe em que nasceu.
Quando vi que o tema deste mês do desafio literário era de livros citados em filme e que uma das opções era “Orgulho e Preconceito” (que foi citado no filme Mensagem para Você) decide matar duas vontades ao mesmo tempo, cumprir o desafio do mês e ler algum livro de Jane Austen, autora que sempre tive curiosidade em conhecer sua obra.
Assumo que por mais um mês tive uma feliz surpresa com a escolha do livro, imaginei que seria um romance meio monótono, e que por ter sido um livro que mesmo sem ter lido anteriormente já havia estudado e sabia a história achei que nada poderia me surpreender e me enganei totalmente.
A história é sobre a relação entre as pessoas e como uma boa parte delas é movida a pré-julgamentos, e como diz no próprio título: orgulho e preconceito. Tudo começa quando um rapaz rico e bem apessoado chega ao local onde mora a família Bennet: Mr. Bennet, sua esposa e cinco filhas. Como um costume importante na época era ter um bom casamento, com alguém de posses, a família Bennet se aproxima de Mr. Bingley e consequentemente de suas irmãs e de seu amigo Mr. Darcy. Como a diferença de classe entre eles é grande, muitas intrigas irão se desenvolver no romance, e todas baseadas nos sentimentos já mencionados anteriormente.
Percebi depois desta leitura que uma coisa é estudar o estilo de escrita de um autor outra coisa é poder ler sua obra como um todo e perceber todas as características estudas e ainda mais,chegando as percepções pessoais que acontecem em cada leitura e com isso o que mais me surpreendeu neste livro foi a narrativa de Jane Austen que possui uma cadencia em sua história que não se quebra durante o desenvolvimento, os fatos acontecem de forma linear e é possível ver que a autora está te encaminhando para conclusões maiores durante as cenas.
Um dos pontos que mais me chamaram a atenção foi a suavidade com que Austen rege os romances na trama, na atualidade em que romances eróticos e o sexo permeia boa parte dos livros de romance em Orgulho e Preconceito são os detalhes, os diálogos e os sentimentos que permeiam toda a história e talvez por isso, a sensação de intimidade é maior entre os personagens.
E por falar em personagens não tem como deixar de reparar na construção e no trabalho empregado para desenvolvê-los, Mrs Bennet apesar de vários defeitos mostra a linha de pensamento da época, suas duas filhas mais novas representam a futilidade e frivolidade das mulheres que buscam apenas um bom partido sem se importar com sentimentos ou moral. Jane, a irmã mais velha, é a representação da candura e daqueles que sempre querem acreditar no melhor das pessoas (o que pode irritar em algumas partes do livro) Elizabeth é o ceticismo, contrastando com Jane. Os homens são a outra parte da história Mr Bennet é um contraponto a sua mulher (e tenho que dizer que possui uma grande parte dos diálogos mais engraçados do livro) Mr. Bingley é o típico mocinho encantador e galanteador e Mr Darcy é um personagem complexo que apesar da arrogância ainda mostra lados sensíveis.
Gostei muito desta leitura e já estou me programando para ler outros livros de Jane Austen.
“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.
Por pouco que os sentimentos ou as opiniões de tal homem sejam conhecidos, ao se fixar numa nova localidade, essa verdade se encontra de tal modo impressa nos espíritos das famílias vizinhas, que o rapaz é desde logo considerado a propriedade legítima de uma de suas filhas.” P. 9
“...Não podemos exigir que um rapaz despreocupado seja sempre prudente e circunspecto. Muitas vezes é apenas a nossa vaidade que nos engana. As mulheres sobre-estimam facilmente a admiração dos homens.” P. 137
Oie :)
ResponderExcluirNossa não vejo a hora de ler esse clássico de uma vez por todas, amo quando o autor sabe desenvolver os personagens sem enrolação, beijos :D
http://euvivolendo.blogspot.com.br/ ( comenta lá :D )
Sim, sim, sim! Depois de ouvir "as colega" dizendo que não há como se apaixonar por Mr. Darcy, eu terminei o livro conquistada... por Mr. Bennet! Gosto de homens que me façam rir!:D
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