29 de janeiro de 2013

[Série] Sherlock – Primeira Temporada




Título Original: Sherlock
Temporada: 1
Ano: 2010
Roteirista: Steven Moffat e Mark Gatiss
Emissora: BBC One
Avaliação: 5/5







Comentários:
Terminei de ver a temporada há poucos minutos e mal tenho palavras para descrever o quão bom e o quanto fiquei empolgada com essa série. 
A temporada possui apenas três episódios de uma hora e meia cada um e mesmo sendo um tanto quanto “compacta” o roteiro e o conteúdo são perfeitos. 
Como o título diz o tema é Sherlock Holmes, porém com uma ambientação atual, mostrando o detetive resolvendo os casos nos dias de hoje. 
Os personagens foram muito bem trabalhados e interpretados, Sherlock Holmes (interpretado por Benedict Cumberbatch) está simplesmente perfeito, o autor conseguiu passar todo o jeito tão característico do personagem, sua inquietação, sua incrível capacidade de dedução e até as falas rápidas quando ele está explicando um raciocínio. Watson (Martin Freeman) também está muito bem interpretado sendo o contraponto de Sherlock, sem contar que a interação da dupla ficou muito boa. 
A ambientação da série está seguindo a história original em seus detalhes, toda a trama se passa em Londres e claro que o tão famoso endereço 221B, Baker Street não foi esquecido. 
Como mencionei antes, a temporada possui poucos porém longos episódios, o que exige muito dos criadores em manter uma trama investigativa pelos extensos episódios e por outro lado expor e explorar os personagens ligando todos os pontos em tão poucos tempo total de série. E os roteiristas conseguiram fazer as duas coisas de forma primorosa, os personagens são profundos e suas características bem introduzidas e foram criados vários pontos que no último capítulo se ligam em uma rede que faz com que você queira ver a segunda temporada logo em seguida. 
Uma das melhores séries que vi. Mais que recomendado. 


23 de janeiro de 2013

[Filme] Across the Universe




Título original: Across the Universe
Duração: 133 minutos
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Julie Taymor
Distribuidora: Columbia Pictures do Brasil
Ano: 2007
Avaliação: 4/5






Comentários:
Já tinha comentado que tenho uma queda por musicais, e com isso tenho que dizer que Across the Universe ganhou um espaço só dele em meu coração. Afinal, é um musical que vai basear toda a sua história nas músicas dos Beatles e mostrou que não apenas foi capaz de criar uma narrativa com essas músicas, mas sim passar também todo o espírito de uma geração. 
Ambientado na década de 60, vai contar a história de jovens que buscam um mundo melhor, Jude (Jim Sturgess), um inglês que vai para os Estados Unidos em busca de seu pai até então desconhecido. Max (Joe Anderson) e Lucy (Evan Rachel Wood), irmãos que são criados no bom seio da família americana de classe média, enquando Max quer uma vida de liberdade Lucy quer se achar, com isso todos vão parar em Nova York, reduto da música, arte, droga e dos hippies. O filme vai ter como pano de fundo da história a guerra do Vietnã, deixando os dramas mais intensos entre os personagens. 
O filme vai inserir de forma natural o repertório dos Beatles, cobrindo as fases da banda e mostrando várias de suas musicas mais famosas, desde as baladas até as que são mais psicodélicas (que carinhosamente chamo de “fase LSD”), e estas vão se entrelaçando na história como se tivessem sido compostas para o filme. 
Recomendo muito ! 


19 de janeiro de 2013

Listas Aleatórias: 7 motivos para ver Fringe



Durante anos, Fringe tem sido uma das minhas séries favoritas. Uma das primeiras que comecei a acompanhar com vontade e nunca sequer cogitei a possibilidade de abandonar. 

Esta semana saiu o seu series finale e, pelo o que me disseram, o final está digno da série. Não sei, estou postando aqui antes de ver e ficar emocionalmente abalada e incapaz de escrever alguma coisa com coerência. Por sugestão da Dani, o Listas Aleatórias é dedicado a uma das melhores séries sci-fi dos últimos anos.

7 motivos para ver Fringe:


1- Fringe é uma série que não subestima o seu público. Não te dá as coisas de bandeja e consegue procurar indagações e reflexões extremamente interessantes. De derreter o cérebro. Em todos os seus episódios.

2- Os personagens são excelentes e muito bem construídos. São raras as séries em que gostamos de todos os personagens principais, mas Fringe consegue este feito: é impossível desgostar de um ou outro personagem. Todos são fundamentais e todos acabam despertando um apego na gente, de um modo ou de outro.

3- A série é recheada de easter eggs e referências de todos os tipos - de Lost à Star Trek -, e a graça toda é tentar pescar uma coisa ou outra durante os episódios.

4- As atuações são impressionantes. Já perdi a conta de quantas vezes me emocionei (e chorei baldes) com determinadas cenas por causa do modo como os intérpretes conseguem demonstrar tantas emoções somente com um olhar ou um gesto. E o destaque especial é John Noble, que interpreta o cientista Walter Bishop, sempre oscilando entre genial e insano.

5- Fringe é uma série que surpreende e se reinventa. Quando comecei a ver, não imaginava até que ponto chegaria. Cada nova temporada levava a trama para um ponto totalmente inesperado, sempre expandindo o seu universo (o trocadilho é intencional!).

6- A série é muito bem produzida. Seja nos efeitos especiais (de cérebros derretendo a cabeças explodindo), seja nas locações e no próprio modo técnico em conseguir transmitir toda a estranheza de algumas situações, servindo como um instrumento narrativo.

7- Acima de tudo, Fringe é uma série que lida com o que é ser humano. Desde o modo como os personagens lidam com as próprias confusões e problemas, alterando a estrutura do universo por causa de amor, até o ponto de abordar o eterno conflito entre o racional e o emocional. Mesmo se despirmos Fringe de todo o seu lado de ficção científica, o que sobra é a estória de um pai que faz de tudo para salvar o filho que ama e tentar tornar o mundo (e o universo) melhores no futuro. E isso é lindo!


Agora vão ver a série e nem quero saber de desculpas, afinal a série vai estar completinha e sem a angústia de se esperar por novos episódios e novas temporadas. Vão vão vão!

17 de janeiro de 2013

[Teatro] Musical - Tim Maia, Vale Tudo


Já tinha visto comentários sobre esse musical quando estreou aqui em São Paulo, sendo interpretado pelo Tiago Abravanel, e fiquei morrendo de vontade de ver, mas os preços não me ajudaram muito. 
Um tempo depois o espetáculo passou a ser interpretado pelo Danilo de Moura e em um período de valores mais baixos consegui finalmente assistir esse espetáculo que vai mostrar toda a vida desse cantor a partir de suas próprias músicas. 
Antes tenho que dizer que a peça é para aqueles que gostam ou simpatizam com o Tim. 
A cenografia é simples se comparada com outros musicais que cheguei a ver, não há mudança de cenário, a banda fica ao fundo e o palco parece um estúdio. Os mesmos atores interpretam personagens diferentes , porém isso não desmerece a peça, na verdade cria um ar intimista e de familiaridade com as vozes (por sinal muito boas) de todos eles que acabam se adaptando ao que estão interpretando. 
O ponto de início do musical é o último show de Tim e nesse momento há uma volta no tempo e a sua história é contada a partir de seus 13 anos e toda a sua trajetória e vida pessoal são exploradas até seus momentos finais, uma pequena curiosidade que rendeu momentos engraçados durante a peça é que as passagens de tempo são demarcadas pelos anos e por quantos quilos Tim acabou ganhando. Fiquei muito feliz ao descobrir vários aspectos desse cantor, como por exemplo que sua carreira começou ao lado de Roberto Carlos e que ele tinha uma amizade com ele e com Erasmo entre tantas outras aventuras de Tião Marmiteiro (como Tim era conhecido quando jovem)
Há momentos emocionantes e dramáticos, a produção simples e em vários momentos é muito fácil se esquecer que está em um musical e achar que está em um show de Tim Maia.  




5 de janeiro de 2013

Listas Aleatórias: 7 motivos para ler "As Vantagens de Ser Invisível", Stephen Chbosky



1- O Romance Infanto-Juvenil "As vantagens de ser invisível", do autor Stephen Chbosky, possui uma narrativa emocionante, que retrata a adolescência fugindo anos-luz dos clichês relacionados ao gênero e abordando tudo com uma sensibilidade enorme. Uma das frases mais marcantes, a meu ver, sintetiza um dos sentimentos de se ser adolescente: "Eu me sinto infinito". E Charlie, o protagonista, percebe esses momentos de "infinitude" de modo fantástico.

2- A linguagem utilizada no romance é quase infantil no começo, mas evolui conforme o personagem vai amadurecendo a sua percepção do mundo e conforme vai aprofundando o seu relacionamento com a literatura.

3- As referências literárias no romance são ótimas e algumas delas ajudam a compreender muito do que o Charlie está vivendo no momento.

4- A "trilha sonora" do livro também é fantástica. Por se passar no início da década de 90, ainda é muito comum no romance a prática de se gravar fitas K7 e fazer seleções musicais (para si e para trocar com amigos). As músicas mencionadas por Charlie retratam muito do seu universo interior e são ótimas de verdade, sempre estou ouvindo-as.

5- São raros os livros que lemos e em que conseguimos gostar de todos (ou praticamente todos) os personagens principais. Neste livro acaba-se criando uma afeição enorme não só pelo Charlie, mas por todos os personagens em algum momento da narrativa, principalmente os melhores amigos dele: Sam e Patrick.

6- O romance é composto por cartas que Charlie escreve para um amigo, que não sabemos quem é. A ideia de que, talvez, o Charlie esteja escrevendo para nós, leitores, tem algo de especial e reconfortante. Porque realmente dá a impressão de que ele dialoga com você e tenta te dizer, a cada carta, que embora existam momentos ruins e de angústia, as coisas podem melhorar.

7- A adaptação do filme captou bem todas as nuances e a delicadeza em se tratar temas tão marcantes, principalmente pelo roteiro e direção terem ficado a cargo do autor do livro, que soube como ninguém destacar os pontos certos.

PS: As "Listas do Charlie" podem ser encontradas no Wikipedia.

3 de janeiro de 2013

Queda de Gigantes – Ken Follett


Livro: Queda de Gigantes 
Titulo Original: Fall of Giants
Autor: Ken Follett
Editora: Sextante
Ano: 2010
Avaliação: 5/5

Sinopse:
Queda de gigantes é o novo épico de Ken Follett. O primeiro romance desta trilogia segue o destino de cinco famílias durante a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. Aos 13 anos de idade, Billy Williams entra em um mundo de homens nos poços de mineração da Gália. Gus Dewar, um estudante de direito norte-americano sem sorte no amor, encontra uma carreira nova e surpreendente. Dois irmãos órfãos russos, Grigori e Lev Peshkov, embarcam em caminhos radicalmente diferentes separados por metade do mundo quando seus planos de emigrar para os Estados Unidos falham por causa da guerra e da revolução. Estes e muitos outros personagens têm suas vidas intimamente entrelaçadas em uma saga que se desdobra em drama intrigante e complexo. Queda de gigantes vai de Washington à São Petersburgo, da sujeira e do perigo de uma mina de carvão aos candelabros brilhantes de um palácio, dos corredores do poder para os quartos dos poderosos. Como sempre acontece com Ken Follett, o contexto histórico pesquisado é brilhante e a ação processada em movimentos rápidos. Os personagens são ricos em nuances e emoção. Está nascendo um novo clássico.

Comentários:
Tinha visto vários comentários sobre os livros do Ken Follett, mas nada me preparou para o que encontrei ao ler Queda de Gigantes, simplesmente amei o livro e toda a trama que ele apresenta. 
Quando peguei o livro para ler a primeira sensação era que as 908 páginas de história iriam me consumir muito tempo (para explicar: sim eu leio livros grandes, mas como não gosto de me apressar em minhas leituras eles geralmente demandam mais dedicação) porém a leitura fluiu de um jeito tão bom que mal percebi e já estava na metade. 
Sendo um romance histórico o livro vai abordar os anos de 1911 até 1923 abrangendo assim vários aspectos da história como a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa, a ascensão do Partido Trabalhista, a luta pelo direito da mulher entre tantas outras coisas e para poder abordar melhor os pontos de vista que participaram desses eventos Follett vai trabalhar com cinco núcleos diferentes (que durante a história acabam se ligando): um inglês, um galês, um russo, um americano e um alemão e com isso ele pôde abordar todos os lados que participaram desses acontecimentos. 
Não vou falar muito sobre a história abordada pelo autor por já serem fatos conhecidos, ele irá trazer as relações e vidas dos núcleos antes, durante e depois da guerra e como tudo aconteceu. A narrativa de Follett é fluída não perdendo o ritmo, pois quando um dos núcleos fica um pouco maçante ele logo passa para o outro trazendo novos pontos de vista e acontecimentos e uma das coisas que me encantaram nesse livro foi que ao trazer personagens para narrar acontecimentos históricos verídicos o autor conseguiu humanizar grandes marcos da sociedade (por exemplo, ao se tratar de Primeira Guerra geralmente pensamos em potências que guerrearam e o livro vai trazer as pessoas que guerrearam: os soldados, os aristocratas, os governantes, a parte humana por trás da História). 
Outra observação que preciso fazer é sobre a construção dos personagens, e nesse caso o livro merece todos os parabéns, pois a história possui muitos personagens (muitos mesmo, cada núcleo tem no mínimo 3 personagens e conforme a narrativa vai evoluindo outros são apresentados ao leitor) e o autor constrói todos eles de um jeito primoroso, não há uma falha de caracterização e os personagens vão evoluindo durante a trama de modo humano e encantador, com superações, falhas, arrependimentos além do aprofundamento da relação entre eles que ocorre a cada capítulo. Uma surpresa muito agradável ao ler foi ver a introdução na narrativa de personagens históricos reais que foram tão bem embasados que é possível se sentir mais próximo daqueles nomes que conhecíamos apenas nas aulas como Winston Churchill, Lênin e Trótski.
Um livro que recomendo muito para todos aqueles que gostam de um bom romance, de histórias bem construídas e personagens envolventes, mas recomendo mais ainda para aqueles que são fãs de romances históricos bem embasados, de entender um pouco mais do passado da civilização e que gostam de ver os fatos que permeiam nossos anos anteriores de um jeito mais humano. Não apenas um livro de entretenimento, mas um livro de reflexão sobre nossas guerras, revolução, relações políticas e ideais.
Ps: Não sei porque, acho que tive um momento de cegueira seletiva, e não vi que esse livro é o primeiro de uma trilogia (o que está visivelmente informado na capa), e achei que isso fosse acabar me desanimando porém foi justamente o contrário agora quero muito ler os próximos volumes - Até porquê o autor deixou ganchos muito bons para o próximo). 

Trilogia O Século: 

1 – Queda de Gigantes.
2 – O Inverno do Mundo.
3 – Ainda sem título definido.