20 de julho de 2016

Outlander – Segunda Temporada



Como é difícil conseguir alcançar as expectativas de algo que se gosta muito, há vários obstáculos e receios pessoais a superar e a segunda temporada de Outlander foi a representação dessa situação, de como alcançar a expectativa tanto do livro em que foi baseada quanto da ótima impressão que a primeira temporada deixou.

Assumo que estava com medo dessa nova fase, um motivo era por ser baseada num dos livros que mais gosto da série, o outro, era por medo de a qualidade cair da primeira temporada, e fui totalmente surpreendida. Essa temporada mostrou que na verdade a série só tende a crescer e ganhar muito espaço.


Acompanhei desde antes da estreia as fases de produção e a escolha do casting (afinal eu precisava saber se o Roger seria minimamente parecido com o que eu imaginei, e é rs), vi várias fotos das gravações e isso alimentou tanto meu ânimo quanto meu receio, mas nos primeiros episódios eu estava de coração aberto pronta para o que eles pudessem ter mudado ou apresentariam de novo e foi a melhor coisa que fiz pois fui surpreendida de várias maneiras.

Mas contando um pouco da história, nessa temporada continuamos acompanhando o casal Claire e Jamie (ai ai) em uma nova fase, eles partem para a França para tentar impedir o rumo da história que gerou o triste dia de Culloden. E lá eles vão viver momentos emocionantes, tensos, dramáticos e totalmente inesquecíveis.


Não quero contar muito da história em si para não gerar nenhum spoiler não intencional, mas essa mudança de cenário foi um dos melhores rumos que já vi, além de ter elevado muito o nível da trama, trouxe cenários lindíssimos com toda a grandiosidade da França na década de 1744, sem contar a mudança de figurinos (na verdade essa mudança de cenário atingiu até a abertura da série).

Na primeira temporada eu tive certa relutância em aceitar os atores, mas agora eles já estão bem concretizados para mim e com isso pude perceber que eles melhoraram muito, entraram bem nos personagens e mostraram todo o seu potencial em várias cenas.



Outro ponto que eles mantiveram da temporada anterior foi um pequeno “carinho” para aqueles que já são fãs dos livros, que é o uso, em algumas cenas,  da reprodução literal das falas dos personagens, um fan service bem feito que não atrapalha aquele que não conhece os livros mas que empolga muito aqueles que já eram fãs.

Nessa temporada a história toma um rumo muito interessante, que já é mencionado logo no primeiro episódio e desenvolvido durante a temporada com um episódio final de tirar o fôlego, se eu já amo os livros hoje também virei fã da série como um produto independente e não apenas por ser uma adaptação das obras que ganharam meu coração.


12 de julho de 2016

[Teatro] Wicked



Até o último dia 3, fazia muito tempo que eu não ia a um musical, e como eu estava sentindo falta da energia que esse estilo me traz: a de que tudo na vida pode ser representado com música e dança, e ter essa retomada com Wicked foi muito bom, pois não conhecia nada da história ou da peça original, então fui surpreendida e guiada a cada cena, em todas as risadas e momentos de emoção. 

O musical vai contar a história de Elphaba, como ela se tornou a bruxa má do Oeste e sua relação com Glinda, a bruxa boa. Vemos que Elphaba sempre sofreu muito por ser verde (e isso não é nenhuma metáfora, ela era realmente verde) e sempre foi delegada, inclusive na sua ida a faculdade, onde ela conheceu Glinda (ou melhor, Galinda), a típica menina popular, e as duas logo sentem uma enorme antipatia (ou melhor, ódio) uma pela outra. 

A história vai se desenvolver toda desse momento, mostrando bem a personalidade de cada uma e como elas vão se tornar duas das personagens mais emblemáticas de Oz. 


Agora falando da produção o cenário estava lindo, apesar de um pouco simples para uma grande produção, mas mesmo assim o musical é repleto de trocas de cenário e ambientes, todos muito bem caracterizados. 

As músicas foram lindamente versadas, todas fluíram muito bem com as cenas, apesar de algumas não me empolgarem totalmente tive momentos lindo de tirar o fôlego, principalmente os que envolviam Elphaba e Glinda. 

Toda a peça foi encantadora, me emocionei, ri e fiquei totalmente envolvida, criei um carinho enorme pelos personagens, fui totalmente surpreendida pelas referências da história de Doroty e por solos muito bem executados. Recomendo Wicked para aqueles que sentem que a vida devia ser resolvida com música. 




8 de julho de 2016

[DDI] Tem dias...


Tem dias que a vida não faz sentido. 

Tem dias que você perde o rumo. 

Tem dias que você não se reconhece no espelho. 

Tem dias que você aceita qualquer rota de fuga contanto que te leve para um lugar diferente de onde está. 

Tem dias em que a vista embaça e não é possível enxergar a estrada que deveria seguir. 

Tem dias em que os segundos se multiplicam, os minutos se estendem, as horas se imortalizam e o relógio emudece alongando a passagem do tempo. 

Tem dias que você se envolve na busca por si mesmo, pois o único refúgio seguro é seu pensamento silencioso. 

E enquanto escrevo esse texto penso que queria dar um final feliz a ele, queria uma mensagem de esperança que dissesse que tudo vai dar certo, queria poder usar o clichê que diz que o sol vai brilhar amanhã, enquanto uso o sorriso daqueles que já foram calejados pelas dores (e ainda lembrar da música do Legião enquanto falo isso). 

Eu realmente queria tudo isso, mas estou nesses dias e qualquer mensagem de enorme esperança seria um pouco falsa. Então o que digo é que entendo, e que escrevo para aliviar o coração enquanto sei que, independente do sol no dia seguinte, tudo passa, até esses dias. 



DDI – Delírios, Devaneios e Insensatez - um espaço em que escrevo todos os pensamentos, delírios e devaneios que vêm a minha cabeça, o que é no mínimo uma insensatez. 

27 de abril de 2016

[Filme] A Onda



Sinopse: 
Em uma escola da Alemanha, alunos tem de escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é colocado para dar aulas sobre autocracia, mesmo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de "A Onda" ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar "A Onda" pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real. Quando as coisas começam a ficar sérias e fanáticas demais, Wenger tenta acabar com "A Onda", mas aí já é tarde demais.

Comentários:
A Onda era um filme que eu queria assistir faz muito tempo, mas nunca rolou, considerando que ele está no Netflix e que acho a situação atual do país bem propícia para esse tipo de reflexão, finalmente tirei o desejo do armário e fui assistir a esse filme que me deu muito o que pensar. 

Tendo como enredo um professor colegial na Alemanha que acaba tendo que ensinar para seus alunos sobre a autocracia (resumindo, um regime em que uma posição governante lidera massas retendo o poder absoluto em todos os níveis de Estado). Para essa matéria ele decide que a melhor maneira de explicar isso para seus alunos e mostrar, na prática, como se fundamenta um regime fascista na própria sala de aula, sendo ele o líder e criando um grupo com  os alunos que chega ao ponto de ter seu próprio uniforme, espaço, saudação. Porém o andamento do grupo acaba saindo de seu controle e indo para fora da sala, afetando vários estudantes e mostrando como esse tipo de pensamento se instala e germina na concepção das pessoas. 


Esse filme traz várias reflexões, primeiro que ele explora todas as bases desse tipo de regime, como ele nasce, baseado em insatisfações sociais e como ele se dissemina, baseado na política do grupo e da união, e a reflexão está em toda a parte nesses conceitos, afinal os alunos realmente demonstram melhoras com essa política, ficam mais unidos, ignoram suas diferenças em busca da melhora do grupo, porém são levados a acabarem com sua individualidade em vários níveis e por oprimir o outro com pensamento contrário. 

Vemos também na figura dos adolescentes como surgem os extremistas, e como até o não esperado acaba por se envolver nesses ideais, como uma voz de poder pode levar um grande grupo a realizar muitas coisas. 


As cenas finais são desconstruções e um “olhar para dentro do abismo”, o filme traz vários momentos de impactos em que até quem está assistindo pode perceber o rumo das situações e a grande semelhança com movimentos históricos que foram baseados nesse mesmo princípio (como o nazismo e o fascismo). 

E antes que surja um pensamento de que esse filme possa ter exagerado e que na verdade as pessoas hoje já são muito esclarecidas contra esse tipo de manipulação, saiba que ele foi baseado em fatos reais, com um professor norte-americano que foi demonstrar para seus alunos que não conseguiam entender como o regime nazista se instaurou na Alemanha. 


Um filme que recomendo para aqueles que gostam de pensar sobre essas questões políticas ou para quem tem uma curiosidade sobre o assunto, na verdade um filme que recomendo no geral.


Título original: Die Welle
Duração: 108 min.
Direção: Dennis Gansel
Roteiro: Dennis Gansel
Elenco: Jürgen Vogel, Frederick Lau, Max Riemelt etc. 
Ano: 2009
Avaliação: 4/5

8 de abril de 2016

[Por onde andei] Galeria do Rock Walking Tour – Roteiro Histórico


Após um roteiro cultural e outro por galerias, fechar a tríade de passeios com o roteiro histórico foi perfeito, pois após conseguir mudar o olhar para um ponto tão conhecido na cidade é preciso descobrir e pensar sua origem e trajetória para poder entender o que ele se tornou hoje. 

Depois de três passeios eu já estava acostumada ao deslumbramento de poder reparar em lugares e prédios que eu sempre passei em frente, porém não dei muita atenção, mas esse passeio foi diferente, poder imaginar como São Paulo começou, ver a placa dos fundadores de São Paulo no Pátio do Colégio, traz outra emoção.

O Roteiro se iniciou no Pátio do Colégio, onde foi explicada a história da fundação da cidade e mostrado prédios que ainda guardam suas arquiteturas históricas. Conhecemos a casa número 1,  visitamos o solar da Marquesa de Santos, andamos pelas ruas do centro, passamos na esquina do samba, conhecemos bancos de diversas nacionalidades a aprendemos a ver pela arquitetura suas fases durante os anos, passamos pelo viaduto do chá, shopping Light, o teatro Municipal e fechamos na Galeria do Rock. 

Esse foi um breve resumo do roteiro (na verdade há outros lugares com mais histórias, porém se eu for escrever tudo aqui acho que perde um pouco a emoção do passeio), mas quis deixar esses lugares destacados pois eles nos transportaram para nosso passado, para a São Paulo de sua formação, seu crescimento acelerado e a busca para resolver os problemas de uma população que a cada dia aumentava seu número (situação que ainda passamos hoje), conhecer toda a ascensão e a triste queda do centro, um lugar tão marcante e tantas vezes mal interpretado dessa cidade. 

Esse passeio foi um dos que mais me fez refletir, pois é inegável que muito do que somos hoje é resultado desses primeiros anos, fomos e ainda somos uma cidade de grande importância para a história do país, em nosso centro guardamos o grande peso de muitos marcos, a fundação, o encanamento de rios, o comércio do café, o samba, depois a decadência de seu espaço quando as pessoas começaram a migrar para a região da Avenida Paulista, e hoje sua grandeza e sua beleza dividem lugar com o descaso, mas ainda guarda em si tantas linhas do que somos. 


E com esses momentos de descoberta, história e reflexão fechei o trio de roteiros propostos inicialmente e posso dizer, com toda a certeza, que essa experiência me marcou muito, mudou meu olhar, me fez refletir e ficará guardada comigo, afinal amo São Paulo e poder parar a correria do cotidiano para admirá-la, entendê-la e desfrutá-la valeu cada minuto. Agora que descobri os prazeres de turistar na minha própria cidade vou me programar para outros passeios e poder “reconhecer” lugares que meu olhar ainda não vê realmente. 


O tour foi realizado por Galeria do Rock Walking Tour, uma parceria entre Instituto Cultural Galeria do Rock e I Love São Paulo para trazer uma experiência que irá explorar vários aspectos do centro. Mais informações acesse a página do projeto aqui

Para conhecer o I Love São Paulo acesse aqui.

Para conhecer o Instituto Cultural Galeria do Rock acesse aqui. 

Minhas fotos do tour estão na página do blog, para poder vê-las acesse aqui. 

10 de março de 2016

[Por onde andei] Galeria do Rock Walking Tour – Roteiro Galerias



Para aqueles que acompanham o blog perceberam que no início do ano (janeiro/fevereiro) decidi fazer alguns roteiros turísticos pelo centro de São Paulo, o primeiro roteiro foi focado nos aspectos culturais do centro (veja sobre esse passeio aqui) e como relatei tive um total deslumbramento com a cidade que julguei conhecer. Porém nesse segundo passeio me julguei preparada, até pensei “Não vai ter tanto impacto como o primeiro, afinal já estou calejada para ver o diferente” e de um modo muito bom eu não poderia estar mais errada.


Esse segundo tour foi cheio de momentos surpreendentes e inusitados, afinal pude conhecer algumas galerias, ou usando uma metáfora, alguns labirintos. Lugares que você não presta atenção em seu dia a dia, passagens não valorizadas e que guardam todo um encanto tão característico do centro de São Paulo. 


Iniciando o tour da Praça da República, seguimos com o grupo para conhecer as galerias, sendo que apenas duas eu conhecia antes desse passeio – a do edifício Copan e a do Rock, então minha surpresa foi total, cada espaço inesperado que guardava uma linda vista ou uma particularidade que o tornava especial e diferente dos demais.

Outro ponto que vale a pena mencionar é que no trajeto de uma galeria para a outra pude conhecer mais do Centro Novo, uma região que não costumo frequentar e que possui um charme diferente do Centro Velho, há áreas bem arborizadas, uma praça muito calma com bares e restaurantes que por um momento nos fazem esquecer que estamos no centro da cidade mais movimentada, ou melhor, nos mostra uma de suas faces (e que depois desses roteiros posso dizer que são várias). 


Sobre as Galerias que conheci posso dizer que realmente elas me encantaram, mas algumas me marcaram mais, como a Galeria Metrópole, espaço com uma linda vista do centro e um jardim central que representa a possibilidade de se manter o verde e cor no nosso mar de cinza. A Galeria 7 de abril, com suas lojas voltadas para fotografia e sua vista do centro. A Galeria Nova Barão, super colorida, que por um momento lembra uma rua de transição, mas que na verdade possui lojas bem legais e uma vista linda do Municipal. E talvez a mais diferente pelas lojas que possui, a Galeria Itapetininga, que é especialista em comércio voltado a brinquedos, sim, exatamente isso, brinquedos colecionáveis. Claro que também não poderia deixar de citar a galeria que encerra o passeio, a Galeria do Rock. 

Mais um passeio que me ensinou muito sobre São Paulo, e que me mostrou que em lugares que podem parecer desconhecidos e não valorizados, há esperando uma ótima experiência, como comentei no início do post, os pequenos labirintos dessa grande Cidade. 


O tour foi realizado por Galeria do Rock Walking Tour, uma parceria entre Instituto Cultural Galeria do Rock e I Love São Paulo para trazer uma experiência que irá explorar vários aspectos do centro. Mais informações acesse a página do projeto aqui. 

Para conhecer o I Love São Paulo acesse aqui.

Para conhecer o Instituto Cultural Galeria do Rock acesse aqui

Minhas fotos do tour estão na página do blog, para poder vê-las acesse aqui 

5 de fevereiro de 2016

[Filme] O menino e o mundo



Sinopse: 
Um garoto mora com o pai e a mãe, em uma pequena casa no campo. Diante da falta de trabalho, no entanto, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo em que seu pai mora. Para a sua surpresa, a criança encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas. (Fonte: AdoroCinema)

Comentários:
Acho que a primeira coisa que posso dizer sobre O menino e o mundo é que é uma animação linda e que fiquei encantada. 

Essa era uma das animações que eu não sabia o que esperar, e nos seus momentos iniciais, com desenhos parecidos feitos com lápis de cor e muito coloridos é um choque inicial, mas como tudo foi muito lindo depois, vale a pena assistir. 


O desenho conta a história de um menino que mora em uma zona rural feliz com sua vida até que seu pai um dia vai embora para a cidade e ele decide ir atrás. 

No trajeto desse menino o acompanhamos na busca por seu pai desde uma plantação de algodão até as grandes cidades e com isso também percebemos todo o processo de industrialização e como isso afeta a todos, os trabalhadores, as pessoas à volta e o próprio lugar em que se está. 

Duas características marcantes dessa animação, a primeira é que ela não possui nenhuma fala, e na verdade elas não são necessárias, tudo está na imagem e nos símbolos, e a animação é repleta deles, símbolos para várias situações, como o trem que levou o pai do menino, como a ave que é gerada da música, na verdade eles são parte de uma grande carga do filme. 


Outra característica é que devido ao seu traço o filme tem quadros lindos, dá vontade de pausar e tirar várias fotos das cenas, esteticamente o filme é lindo, os traços inocentes quase feitos a lápis geram cenas inesquecíveis.  

E o ponto que realmente me surpreendeu no fim foi o roteiro, mesmo sem falas o filme é todo amarrado, possuí ritmo e um final que está a altura de todo o resto. 


Até agora O menino e o mundo está no ranking como uma das minhas animações preferidas (ao lado de Divertida Mente), mas ainda faltam mais duas da lista para ver, mas recomendo esse filme para todos.



Título original: O menino e o mundo
Duração: 85 min.
Direção: Alê Abreu
Roteiro: Alê Abreu
Distribuidora: Espaço Filmes
Ano: 2014
Avaliação: 3/5

26 de janeiro de 2016

[Livro] As espiãs do Dia D – Ken Follett


Sinopse:
Segunda Guerra Mundial. Na fúria expansionista do Terceiro Reich, a França é tomada pelas tropas de Hitler. Os alemães ignoram quando e onde, mas estão cientes de que as forças aliadas planejam libertar a Europa. Para a oficial inglesa Felicity Clairet, nunca houve tanto em jogo. Ela sabe que a capacidade de Hitler repelir um ataque depende de suas linhas de comunicação. Assim, a dias da invasão pelos Aliados, não há meta mais importante que inutilizar a maior central telefônica da Europa, alojada num palácio na cidade de Sainte-Cécile. Porém, além de altamente vigiado, esse ponto estratégico é à prova de bombardeios. Quando Felicity e o marido, um dos líderes da Resistência francesa, tentam um ataque direto, Michel é baleado e seu grupo, dizimado.
Abalada pelas baixas sofridas e com sua credibilidade posta em questão por seus superiores, a oficial recebe uma última chance. Ela tem nove dias para formar uma equipe de mulheres e entrar no palácio sob o disfarce de faxineiras. Arriscando a vida para salvar milhões de pessoas, a equipe Jackdaws tentará explodir a fortaleza e aniquilar qualquer chance de comunicação alemã – mesmo sabendo que o inimigo pode estar à sua espera. As espiãs do Dia D é um thriller de ritmo cinematográfico inspirado na vida real. Lançado originalmente como Jackdaws, traz os personagens marcantes e a narrativa detalhada de Ken Follett.  (Fonte: Skoob) 

Comentários:
Estava com saudade de ler uma história de Follett, e ler As espiãs do dia D matou essa vontade e ainda aumentou a admiração que tenho por esse autor. 

Apesar de ter comentado que estava com saudade da escrita de Follett, assumo que economizei esse livro para poder aproveitá-lo com calma, pois ele trata de dois temas que gosto muito: histórias de guerra e mulheres fortes. 

Em As espiãs do dia D iremos conhecer a história da participação de Felicity Clairet, uma oficial da Executiva de Operações Especiais britânica que trabalhava junto com a Resistência Francesa para sabotar os alemães que invadiram a França e ajudar os Aliados na invasão. 

Por outro ponto de vista também conheceremos a história de Dieter Franck, um major que trabalhava para Alemanha como especialista em interrogatórios e como ele se posiciona e age nesse lado da guerra. 

Temos nesse livro a típica narrativa de Follett que irá intercalar os pontos de vista entre Felicity e Dieter e nesse caso deu um toque todo diferente ao livro, pois temos a ideia fixa de que os alemães são os únicos errados e maus de todos os acontecimentos, mas com esse estilo de narrativa Follett vai colocar a história em perspectiva e fazer o leitor pensar, pois na verdade ambos os personagens estão em uma guerra fazendo algo que não concordam mas que são obrigados a fazer por sobrevivência, na verdade o que quero dizer é, sim a Alemanha estava errada, mas quantas perdas são necessárias para que o outro lado ainda seja considerado certo? 

A história da narrativa terá uma sequência temporal curta, menos de um mês no decorrer dos fatos, mas isso não prejudica em nada o livro, pois foram os instantes finais antes do Dia D e muita coisa acontecia em um ritmo frenético e quanto mais perto da data tão conhecida, mas a narrativa fica tensa e rápida, e isso trabalha muito bem com a história. 

Como forma de conseguir sabotar uma central telefônica Felicity monta uma equipe de mulheres para tentar realizar a missão e esse é outro diferencial do livro, pois nas guerras geralmente o trabalho das mulheres é desmerecido ou esquecido e aqui ele vai mostrar o como elas foram importantes e fortes. 

O único ponto que tenho como ressalva é que acho que deveria “ter mais livro”, calma que eu explico: Já li alguns livros do Follett e percebi que as narrativas longas dele são as melhor trabalhadas. As espiãs do Dia D não é um livro ruim ou incompleto em momento nenhum, como disse antes o tempo da narrativa apesar de curto cabe bem a obra, mas sinto que se ele tivesse escrito um pouco mais poderia ter desenvolvido melhor os personagens apresentados, trabalhando outras minúcias ou trazendo mais a frente da lente algum personagem secundário interessante, mas como disse antes isso não prejudica a obra. 

Adorei o livro, ele me prendeu e me apresentou uma das personagens que mais gostei, além de ser um bom livro para conhecer o Follett se não quiser se aventurar de início pelos calhamaços.




Título Original: Jackdaws
Autor: Ken Follett
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Número de páginas: 448
Avaliação: 4/5