27 de abril de 2013

Listas Aleatórias: 7 músicas de aberturas de seriados

Assumo: sou viciada em seriados. E só não assisto mais do que gostaria por pura falta de tempo. Vejo de tudo um pouco, pra não enjoar. Por isso acabo tendo um repertório razoavelmente diversificado, e um jeito interessante de mostrar essa diversidade são as músicas de abertura de seriados que acabo vendo - que me viciam tanto quanto suas séries. Não inclui na lista dessa semana temas instrumentais - isso fica para um próximo post, prometo!

1- Bad Things - True Blood




2- How Soon is Now - Charmed




3- I'll be there for you - Friends




4- Teardrop - House M.D.




5- Paradise Circus - Luther




6- Hey Girl - New Girl




7- The Big Bang Theory Theme - The Big Bang Theory




BÔNUS: Lost Girl Theme - Lost Girl
(Porque na abertura do seriado é só a introduçãozinha da música, mas fui atrás da música completa depois e é tão tão legal!)



25 de abril de 2013

[Livro] A Guerra dos Tronos, As Crônicas de Gelo e Fogo – George R. R. Martin



Livro: A Guerra dos Tronos, As Crônicas de Gelo e Fogo
Titulo Original: Game of Thrones, A Song of Ice and Fire
Autor: George R. R. Martin
Editora:  Leya
Ano: 2010
Avaliação: 5/5
Sinopse:
Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, aceita a prestigiada posição de Mão do Rei oferecida pelo velho amigo, o rei Robert Baratheon, não desconfia que sua vida está prestes a ruir em sucessivas tragédias. Sabe-se que Lorde Stark aceitou a proposta porque desconfia que o dono anterior do título fora envenenado pela manipuladora rainha - uma cruel mulher do clã Lannister - e sua intenção é proteger o rei. Mas ter como inimigo os Lannister pode ser fatal: a ambição dessa família pelo poder parece não ter limites e o rei corre grande perigo. Agora, sozinho na corte, Eddard percebe que não só o rei está em apuros, mas também ele e toda sua família. Quem vencerá a guerra dos tronos? 


Comentários: 
Tenho que dizer que fiquei muito tempo pensando sobre essa resenha, olhando para a página em branco e pensando em como poderia descrever todas as experiências que tive com essa leitura, e acho que ainda não cheguei a um resultado que possa descrever tudo, mas vou tentar. 
Comecei a ler esse livro após várias indicações, e comentários positivos, inúmeros elogios, principalmente depois do lançamento da série baseada na história, porém isso não aumentou tanto as minhas expectativas, mas sim me deixou receosa de que talvez não fosse tudo isso, e foi com esse sentimento que iniciei a leitura e me surpreendi tanto que mal consigo dizer. 
O livro trouxe uma história muito bem elaborada, que começa um pouco despretensiosa, mas vai ganhando corpo, intrigas e detalhes, pois Martin vai elaborando os cenários e as situações de forma gradual e sem pressa de mostrar todo o seu enredo (sem pressa mesmo contando que o livro é o primeiro da série e possui 589 páginas). Fiquei surpresa com a narrativa diferente tratada por Martin, ele optou por um narrador em terceira pessoa que está focado em diferentes pontos de vista, o livro não é demarcado por capítulos ou sessões mas pelo ponto de vista de cada personagem, e apesar de este primeiro livro ser um pouco mais voltado a narrativa da família Stark, não se deixa de ver outras pessoas contando o que lhes esta acontecendo.  A história possui uma boa base, tratando de sentimentos e situações que apesar de estarem em contexto de fantasia medieval ainda sim é extremamente palpável com lutas, ambição, medos, traições e muito mais que prende o leitor a toda a evolução narrativa. 
O livro possui alguns trechos cansativos, mas acredito que isso se deva a identificação com os personagens que narram certas passagens, como por exemplo tive duas personagens que não me identifiquei e não me apaguei e acho que por esse motivo seus pontos de vista foram os que se apresentaram mais cansativos para mim, mas claro que um livro tão extenso como esse possui trechos que são mais lentos mas a troca de personagens sempre garante ação e tensão tornando a história bem fluida. 
E por mencionar os personagens, quero comentar sobre os que foram trabalhados neste primeiro volume e o como eles são muito bons, Martin construiu os personagem dedicando um tempo para cada um contar e mostrar um pouco e si, porém nunca revelando a totalidade sobre eles, por exemplo é difícil definir com certeza se um de seus personagens é bom ou mal, na verdade os conceitos de bom ou mal não são tratados como “preto e branco” mas sim como um emaranhado “acinzentado” é possível ver e entender cada um deles ou pelo menos fazer com que dúvidas sejam criadas intrigando o leitor até sobre seus personagens favoritos. Comento que a construção é tão elaborada que uma das frases que mais se ouve quando se inicia a leitura de Guerra dos Tronos é para não se apegar a nenhum personagem (já que aparentemente o autor tem uma mentalidade um tanto quanto sádica), mas isso se torna quase impossível conforme as páginas vão passando, há sempre aquele que você acaba torcendo ou se identificando e com isso resta apenas torcer para que o autor não apronte nada com eles. 
Poderia continuar a escrever uma resenha mais extensa, falando sobre vários pontos, a história, os elementos sobrenaturais que foram introduzidos tão discretamente no meio da narrativa que parecem fazer parte de uma “normalidade” no meio de uma trama complexa ou o final totalmente surpreendente, porém acredito que o que mais define o que quero dizer é que independente do que tenha ouvido falar sobre o livro, foi uma leitura única, particular, que me tocou por vários motivos, sim é uma leitura de entretenimento, mas com uma qualidade inegável. Recomendo fortemente. 

“Deixa-me lhe dar um conselho, bastardo - Disse Lannister - Nunca se esqueça de quem é, porque é certo que o mundo não lembrará. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo (…) Lembre-se disso, rapaz. Todos os anões serão bastardos, mas nem todos os bastardos precisam ser anões -(…) e, só por um momento, Tyrion Lannister ergueu-se alto como um rei.” p. 45

“Possuo um entendimento realista das minhas forças e fraquezas. A mente é a minha arma. Meu irmão  tem a sua espada, o Rei Robert, o seu martelo de guerra, e eu tenho a mente...” p. 92 

“- Ah, mas foi senhor – Cersei insistiu. – Quando se joga o jogo dos tronos, ganha-se ou morre. Não existe meio-termo.”  p. 346


17 de abril de 2013

[Série] Sherlock – Segunda Temporada





Título Original: Sherlock
Temporada: 2
Ano: 2012
Roteirista: Steven Moffat e Mark Gatiss
Emissora: BBC One
Episódios: 3
Avaliação: 5/5 








Comentários: 
Esta resenha pode conter spoilers da temporada anterior. 
Aproveitando a empolgação em nível alfa após assistir ao último episódio da série para poder fazer a resenha e tentar por em palavras tudo o que senti com esta temporada. 
Após assistir a primeira temporada, não esperava menos da segunda, na verdade tinha enorme expectativa com relação a ela, e não tenho nada a reclamar. 

O primeiro episódio começa de onde o último da temporada anterior parou, mantendo o momento de tensão e dando gancho para a próxima trama. Neste episódio conseguimos ver uma humanização de Sherlock que chega a ser bem interessante. 

O segundo foi para mim o episódio mais fraco, mas o que mais me surpreendeu foi o desenvolvimento da solução do enigma. 
E o terceiro foi simplesmente o melhor, o mais tenso o que me fez querer correr o tempo só para saber o que vai acontecer. Simplesmente muito bom. 
Os atores continuam com sua perfeita sincronia e assim a dupla Sherlock e Watson fica muito mais entrosada durante os episódios. Durante a temporada podemos ver um pouco mais de alguns personagens, como o irmão de Sherlock. 
Como visto mal tenho palavras para dizer como essa série me ganhou e após essa temporada entrou definitivamente na minha lista de melhores, e agora é esperar ansiosamente pela terceira. 


Veja aqui a resenha da primeira temporada



13 de abril de 2013

Listas Aleatórias: 8 livros para fazer chorar

... ou livros que podem ser resumidos do seguinte modo:

"Não é por mal
Mas vou te fazer chorar
Hoje vou te fazer chorar"
(Canção pra você viver mais - Pato Fu)


Preparem seus lencinhos, aqui segue uma lista de livros que podem te deixar desidratad@ de tanto chorar:


1- A Culpa é das Estrelas, John Green - A estória de amor de um casal adolescente que se conhece em um grupo de apoio para pessoas com câncer. Precisa de mais?



2- As Vantagens de ser Invisível, Stephen Chbosky - O narrador do livro, Charlie, é um garoto sensível e inocente, que percebe o mundo de um jeito único. E a sua sensibilidade ao narrar fatos da sua vida é de partir o coração.



3- Através do Espelho, Jostein Gaarder - Cecilia é uma criança doente que recebe a visita de um anjo e que lhe conta segredos do céu em troca de que ela lhe explique o que é ser humano. Uma lição de filosofia, como toda obra deste autor.



4- Harry Potter e as Relíquias da Morte, J.K. Rowling - O último livro da série pode ter algumas falhas, mas não se pode negar que é emocionante demais. Em várias cenas.



5- Marley e Eu, John Grogan - Vai dizer que não dá um aperto no peito o final do livro, quando o Marley começa a envelhecer e tudo mais?



6- Vidas Secas, Graciliano Ramos - O livro é todo muito bom, mas o capítulo dedicado à cachorra Baleia é de uma sensibilidade única.



7- A menina que roubava livros, Markus Zusak - Uma estória narrada pela Morte sobre uma garota durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha, com uma narrativa super envolvente.



8- Jogos Vorazes, Suzanne Collins - O livro tem uma temática bem pesada, e tudo fica ainda mais chocante com a presença da personagem Rue como Tributo.




7 de abril de 2013

[Filme] Os Miseráveis





Título original: Les Miserables
Duração: 157 min
Direção: Tom Hooper
Distribuidora: Paramount
Ano: 2013
Avaliação: 5/5







Comentários: 
O que dizer sobre “ Os Miseráveis”, bom simplesmente que é perfeito, e isso diz tudo. 
Sempre amei musicais e ao descobrir que Os Miseráveis seria adaptado mais uma vez para as telonas não pensei duas vezes para colocá-lo na lista dos que preciso ver. 

O filme vai tratar a história de Jean Valjean (Hugh Jackman) que inicia o filme preso por 19 por roubar um pão e como sua vida irá transcorrer após ele ser libertado, o tipo de homem e a vida que ele optar em ter, e também sobre Javert (Russell Crowe), um inspetor com convicções extremamente rígidas sobre a Justiça e a Lei, explorando o ambiente da pobreza e miséria da França e também um clima de conflitos políticos e revolução. 

Posso dizer que o filme já me ganhou na primeira cena, em que percebi a qualidade da produção, que estava linda com as imagens e cenários. Outro ponto positivo (e aqui vou focar muito que é positivo em minha opinião) é que o filme recuperou a essência dos antigos musicais em que quase não havia falas, 97% dos diálogos no filme são em músicas, e com isso preciso logo comentar que as músicas estão muito boas, além das famosas, como “I dream a dream” interpretada lindamente pela Anne Hathaway, as outras estão muito bem elaboradas, impactantes e de fazerem arrepiar e ficar na memória, sem contar a impecável atuação do elenco (nunca imaginei Russell Crowe cantando, mas ficou muito bom, não é o melhor do trio de atores principais, porém não deixa a desejar). 

Como uma boa história adaptada de Victor Hugo, o drama permeia o filme todo, mas não o torna pedante em momento nenhum, mas sim tocante e sensível. 
Recomendo fortemente, um dos musicais da minha vida. 



3 de abril de 2013

[Livro] Inverno do mundo – Ken Follett



Livro: Inverno do mundo
Titulo Original: Winter of the World
Autor:  Ken Follett
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Avaliação: 5/5
Sinopse:
Inverno do mundo retoma a história do ponto exato em que termina o primeiro livro. As cinco famílias - americana, alemã, russa, inglesa e galesa - que tiveram seus destinos entrelaçados no alvorecer do século XX embarcam agora no turbilhão social, político e econômico que começa com a ascensão do Terceiro Reich. A nova geração terá de enfrentar o drama da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial, culminando com a explosão das bombas atômicas. A vida de Carla von Ulrich, filha de pai alemão e mãe inglesa, sofre uma reviravolta com a subida dos nazistas ao poder, o que a leva a cometer um ato de extrema coragem. Woody e Chuck Dewar, dois irmãos americanos cada qual com seu segredo, seguem caminhos distintos que levam a eventos decisivos - um em Washington, o outro nas selvas sangrentas do Pacífico. Em meio ao horror da Guerra Civil Espanhola, o universitário inglês Lloyd Williams descobre que tanto o comunismo quanto o fascismo têm de ser combatidos com o mesmo fervor. A jovem e ambiciosa americana Daisy Peshkov só se preocupa com status e popularidade até a guerra transformar sua vida mais de uma vez. Enquanto isso, na URSS, seu primo Volodya consegue um cargo na inteligência do Exército Vermelho que irá afetar não apenas o conflito em curso, como também o que está por vir.


Comentários:
Aproveitando o tema deste mês do desafio literário, que em abril é uma ou mais das quatro estações no título, decide escolher um livro que estava morrendo de vontade de ler, Inverno do Mundo, segundo volume da trilogia O Século. 
Se em Queda de Gigantes Follett ganhou meu coração, em Inverno do Mundo ele o arrancou. Trocando a suavidade do primeiro livros por cenas duras e cruas Follett mostra que a guerra não poupa ninguém. 
Seguindo a linha temporal do primeiro livro, neste segundo o ambiente tratado é logo após a crise de 1929, com a ascensão do nazismo e do fascismo e a Europa tendo que lidar com esses regimes políticos, Follett ainda continua com o mesmo elenco de personagens usado anteriormente, porém o foco agora é a próxima geração, os filhos dos personagens das famílias anteriores. 
Tenho que dizer que me apaixonei pelo Queda e com isso estava morrendo de medo com a leitura de Inverno do Mundo, com medo de me decepcionar, de não conseguir me apegar aos personagens como me apeguei aos anteriores (Ethel \o/) mas além da felicidade de ainda poder ler sobre suas vidas tive uma feliz surpresa com os novos personagens que apareceram e que ganharam um espaço só seu em meu coração, pois além de criar novas histórias e personagens, eles não são uma repetição da geração anterior, mas sim únicos, com suas próprias personalidades e ocupando seus espaços na narrativa.  Outro aspecto que foi mantido é que os cinco núcleos ainda se encontram e as suas vidas ficam cada vez mais entrelaçadas. 
A narrativa desse livro merece uma observação especial, primeiro por ter me surpreendido, quando se pensa que um autor não pode mudar durante uma série vemos que Follet muda e que faz isso de forma magistral, e segundo que com essa mudança ele cria uma densidade em sua narrativa que é nova para o leitor da série, quase uma sombra de medo e tensão durante toda a leitura, Follett torna sua escrita mais dura, realista e crua, sim ainda há o romance, mas ele agora está regado de tragédias e dor e isso simplesmente enriquece muito mais a história. 
Tive a sensação que o autor quis mostrar o como a Segunda Guerra e o nazismo/fascismo foram muito mais duros que os problemas enfrentados na Primeira Guerra e isso foi passado em sua narrativa, como disse na resenha anterior, Follett humaniza fatos históricos tornando conhecimentos mais palpáveis e não apenas algo que aprendemos na aula de história, e essa humanização continua neste segundo volume, e é exatamente por isso que ele usa de recursos que quase não foram usados, como maior descrição de desastres e mortes. 
A linha histórica é muito boa, aborda todos os grandes eventos, a ascensão do nazismo, o fascismo na França e Espanha, a guerra na Espanha, culminando na Segunda Guerra Mundial e todos os aspectos que a envolveram se encerrando no início da Guerra Fria. Fiquei feliz por poder ver vários fatos que só tinha visto superficialmente na aula de história. Uma curiosidade que achei bem interessante é que diferente do primeiro livro em que todas as tramoias políticas foram exploradas com afinco, o foco neste segundo tomo é o serviço de espionagem, que foi longamente usado durante a guerra. 
Follet conseguiu me ganhar ainda mais, fazendo com que eu me encantasse por mais personagens e renovando sua linha narrativa com novas histórias e novas abordagens. Agora é esperar ansiosamente pelo terceiro livro. 

Veja a resenha de Queda de Gigantes aqui.