14 de fevereiro de 2013

O Guia do Mochileiro das Galáxias – Douglas Adams



Livro: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Titulo Original: The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy
Autor: Douglas Adams
Editora: Arqueiro
Ano: 2004
Avaliação: 5/5
Sinopse:Arthur Dent tem sua casa e seu planeta (sim, a Terra) destruídos em um mesmo dia, e parte pela galáxia com seu amigo Ford, que acaba de revelar que na verdade nasceu em um pequeno planeta perto de Betelgeuse.
Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais do inglês Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Prefect, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. Mestre da sátira, Douglas Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da "alta cultura" e de diversas instituições atuais.

Comentários:  
Para o tema de fevereiro do Desafio Literário, livros que façam rir, decidi ler "O Guia do Mochileiro das Galáxias" e tenho que dizer que foi o livro mais absurdamente lógico que li em toda a minha vida. 
Mal tenho como comentar sobre a narrativa e a história criada por Douglas Adams que além do que está realmente contando traz tantas mensagens em seu contexto, em suas ironias e em suas explicações absurdas, que na verdade fazem sentido. 
No livro vemos a história de Arthur Dent, uma pessoa que em um dia um tanto quanto tumultuado de sua vida, descobre por seu amigo Ford Prefect que as coisas ainda podem piorar, como por exemplo a Terra pode ser destruída e mais, que Ford Prefect não é um humano mas sim um mochileiro das Galáxias que veio para a Terra para poder pesquisar mais para o livro O Guia do Mochileiro das Galáxias, o livro mais conhecido do Universo e que possui em sua capa a frase “Não entre em pânico”. 
Sei que a descrição do livro parece confusa, mas é essa a intenção de toda a história, em meio a confusão contar vários fatos que podem fazer rir, chegar a uma conclusão ou simplesmente pensar. 
A chave que torna o livro uma das minhas melhores leituras, não foi tanto o enredo ou os personagens, mas sim a narrativa ácida de Adams, que torna a história uma aventura, uma comédia, um momento de reflexão e algo totalmente difícil de definir. 
O livro me ganhou logo nas primeiras páginas em que Adams tenta definir a terra e os humanos de um jeito todo particular.

“Muito além dos confins inexplorados da região mais brega da borda ocidental desta galáxia, há um pequeno sol amarelo e esquecido. Girando em torno deste sol, a uma distancia de cerca de 148 milhões de Km, há um planetinha verde-azulado absolutamente insignificante cujas formas de vida, descendentes de primatas, são tão extraordinariamente primitivos que acham que relógios digitais são uma grande ideia.” p. 10

E com esse estilo de escrita a história transcorre, há muitas questões existenciais e filosóficas passadas de maneira tão simples que é fácil pensar “Por que minhas aulas de filosofia não foram assim ?” e muitas reflexões usando de física (mas não atrapalham a leitura se você for como eu cujo único conhecimento de física restante na memória é a lei da gravidade). 
A premissa da história é muito boa, a Terra é destruída e sobra apenas um sobrevivente que terá que descobrir que além de não ser a única forma viva do universo, que a vida fora do planeta que conhece é extremamente complicada. 
Os personagens não são aprofundados, mas suas peculiaridades são bem exploradas e casam perfeitamente com toda a narrativa. 
Peço desculpas se a resenha parece confusa, mas acho que essa é o melhor resultado após ler este livro é ficar com os pensamentos totalmente fora de ordem. Recomendo muito. 
Ps: para aqueles que leram, ou que vão entender depois de ler – agora ando com uma toalha na bolsa rs. 

“Apenas seis pessoas na Galáxia sabiam que a função do presidente não era exercer poder, e sim desviar a atenção do poder” p. 37


“- Está bem – disse Ford -, mas não entre em pânico!- Quem é que falou em pânico? – gritou Arthur. – Isso é só choque cultural. Espere só até eu conseguir me situar e me orientar. Ai é que vou entrar em pânico!” p. 58 


“... – Que importância tem isso? A ciência conseguiu algumas coisas fantásticas, não vou negar, mas acho mais importante estar feliz do que estar certo” p. 140 


2 comentários:

  1. DON'T PANIC em letras garrafais e amistosas, e uma toalha para todos os momentos. SOU UMA MOCHILEIRA. quase literalmente. rs.
    ADORO esse livro, vontade mor de reler. haha
    Que bom que vc gostou, principalmente por eu ter te aporrinhado tanto sobre o quanto o livro era engraçado. XD

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  2. Hhahah agora virou lema o DON'T PANIC e a toalha já está na mochila (e se considerar o tamanho da mochila já sou uma mochileira também rs) ah releia sim rs. Ah obrigada por ter insistido para ler esse livro é muito engraçado mesmo.

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